CREF12/PE segue firme na conscientização sobre os perigos do uso de anabolizantes

  • Autor do post:
  • Categoria do post:notícias
  • Tempo de leitura:5 minutos de leitura

O Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região / Pernambuco (CREF12/PE) segue firme na conscientização acerca dos perigos que envolvem o uso de anabolizantes. No último mês de fevereiro, o CREF12/PE disponibilizou, através de uma campanha digital, um cartaz para que todas as academias de Pernambuco expusessem em suas dependências alertando para o cumprimento da Lei Estadual nº 13.269/2007, que determina a obrigatoriedade de academias, clubes e centros esportivos, farmácias e estabelecimentos similares, exibirem em suas dependências, nos locais de trânsito e permanência de alunos e freqüentadores, placas de advertência sobre o uso inadequado de anabolizantes, com o seguinte alerta: “O uso de anabolizantes prejudica o sistema cardiovascular, causa lesões nos rins e no fígado, degrada a atividade cerebral e aumenta o risco de câncer. A venda deste produto só será liberada com receita médica controlada”.

Sobre o não cumprimento da Lei, o Professor Lúcio Beltrão, (CREF 003574-G/PE) presidente do CREF12/PE alerta: “A finalidade dos Conselhos profissionais é defender a sociedade. É preciso zelar pelo exercício ético e regular das profissões. Portanto, se um Profissional de Educação Física não seguir nosso Código de Ética, naturalmente sofrerá as sanções previstas, que constituem imprescindível instrumento de caráter pedagógico-punitivo”, destacou.

“Estudos apontam que o uso de esteróides anabolizantes pode acarretar danos severos a órgãos importantes, como fígado, rim e coração. Esses órgãos sofrerão a sobrecarga provocada pelo aporte de hormônios “extras”. O fígado no metabolismo e eliminação de toxinas, o rim como “filtrante” e excretor de metabolismos e o coração sobre a consequencia dos órgãos, trabalhando além de sua capacidade. Problemas comuns, como hipercolesterolemia, esteatose hepática, hipertensão arterial e outros, poderão ser conseqüência, além de problemas estéticos, como o aumento de pelos, calvície e alteração de voz”, detalha o Profissional de Educação Física e Nutricionista Fernando Ferreira (CREF 003098-G/PE) CRN-6 33729/P.

O Profissional de Educação Física e Nutricionista, Felipe Lira (CREF 004445-G/PE) CRN-6 25692 aponta para os riscos na facilidade oferecida pela ingestão dos anabolizantes. “Diminuir o tempo e a disciplina que devem ser obrigatoriamente investidos na rotina diária de treinos que venham a resultar em uma modelação corporal notabilizada pelo aumento acentuado da massa muscular e a busca desenfreada pela obtenção do corpo perfeito tem impulsionado impressionantes números de frequentadores de academias a consumir anabolizantes como os esteróides”, avalia. Ainda de acordo com o Professor Felipe Lira não há outro caminho que não o do Exercício Físico regular de forma orientada e uma alimentação balanceada, para quem deseja melhorar os resultados dos treinos.

Fazer uso dos anabolizantes para a busca de aumento da massa muscular é alarmante. Quem explica é o Professor Públio Gomes Florêncio Júnior (CREF 003203-G/PE), Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano e Professor da UNINASSAU- Graças/ Recife. “Por conta da sua relação com o desenvolvimento acentuado de massa muscular, que o uso da testosterona, produzida de forma sintética, se popularizou entre esportistas e praticantes de exercício físico. Por um lado, os esteróides anabolizantes são utilizados para melhorar a performance física em esportes, por estar associado ao aumento da força muscular. Por outro lado, a busca por melhoras estéticas tem sido a principal motivação para o uso indiscriminado da testosterona e de outros hormônios anabólicos,” detalhou.

Anabolizantes tiram a Rússia das competições esportivas mundiais

A Rússia foi proibida em 2019 de participar por quatro anos de todos os principais eventos esportivos pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) por ter montado um esquema generalizado de doping patrocinado pelo governo russo.

O Comitê Olímpico Russo (ROC) é representado em Tóquio 2020 por um total de 335 atletas. Todos os competidores da ROC tiveram que provar que não estavam envolvidos no escândalo de doping.

Isso significa que a bandeira e o hino da Rússia não serão permitidos também nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e na Copa do Mundo de 2022, no Catar.